Ontem foi um dia tão cheio!Não sei bem como nem porquê, na véspera, a Sofia perguntou-me:
- Então Martinha, quando é que vais a Évora?
- Hmm, não sei bem! Talvez esta semana.
- Esta semana? Mas em que dia? Posso ir contigo?
- Sim. Vou amanhã. Acho que vou amanhã.
E assim ficou tudo meio alinhavado.
Ontem, ao acordar, que a vontade era muito pouca. Fui para a praia das avencas, de sebenta, até que recebo uma mensagem da Sofia a dizer "De manhã não posso mas acho que a partir da uma já estou livre”.
Saí da praia, fui a casa passar-me por água e mudar de roupa, liguei para casa da D. Maria Jacinta, a saber se estava por lá (lembro-me de quase implorar para que não estivesse e assim voltar para a praia!). Atendeu-me.
- Estou sim?
- Dona Maria Jacinta? É a Marta!
- Oh Martinha!! Recebeu as minhas cartas? Liguei-lhe há uns dias, mas não estava em casa.. Nunca mais me veio visitar!?
- Dona Maria Jacinta, vou hoje! Vou agora sair para Évora. Vai estar por casa esta tarde?
- Eu até tinha de ir fazer umas comprinhas mas posso deixar para amanhã. Venha, venha..
- Então até já.
- Até já, Martinha.
Meti-me no carro, rumo a Setúbal, para apanhar a Sofia. Almoçámos a correr em casa dela e na mesma corrida arrancámos para Évora.
Chegámos. Enchemo-nos de memórias e em menos de nada estávamos as duas de sorriso rasgado na cara. Parámos o carro em frente à escola e começamos a deambular pela cidade.Fomos a casa da Dona Maria Jacinta: é impressionante a fé e força desta mulher. O marido morreu há dois meses e apesar da tristeza com que acorda, cada dia é entregue a Deus com uma garra nunca vista. Trouxe comigo cada palavra, cada sorriso. Aqueles olhos inundados de lágrimas num misto de tristeza pelo que tem passado e alegria por me ver. Os abraços. As orações em que agradece ter-me ali. O dizer-me que eu sou a filha que nunca teve. As promessas de cartas para Bordéus. A simplicidade.
Fomos ao lar. A Rosa, uma senhora surda de nascença, lembrava-se de nós e fez-nos imensa festa. A Gracinda ao princípio estava confusa mas depois lá começou a falar das meninas das t-shirts amarelas com uma chave azul. O Sr. Quaresma não sabia quem éramos mas num instante nos contou a sua vida outra vez. A Rafaela já estava a dormir mas conseguimos dar-lhe um beijinho. A Victória estava cansada e sem paciência para conversas. A Bruna já não estava lá…
Voltámos. Muita cheias :)
os maravilhosos póneis e as suas dissertações
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7 comentários:
Effatha!! Que sorte!! Que saudades... Grande beijinho
obrigada!
também quero!
que saudades!!!
malta q ainda vem ao blog, e voltar a escrever n seria essa uma boa ideia?
marta q giro...nao estava nada a espera de ler isto aqui...
fico contente!!!
Um gd beijinho
;)
bem, nao vinha aqui a algum tempo...mas so por este vossa partilha valeu a pena!! é tao mais fácil ficar na praia! grande exemplo ;) beijinhos e abraços
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